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Divina Joya: da inspiração materna ao empreendedorismo com acessórios de flores resinadas


"Meu filho sempre me presenteava com flores, mas ficava triste em não ter como eternizá-las", diz Joyce.




As pessoas frequentam as feiras criativas em busca de uma experiência única que une arte, cultura e empreendedorismo local. Nestes eventos, encontram-se não apenas produtos originais e artesanais, mas também a oportunidade de conhecer e apoiar os expositores. Joyce Marim Santos Serrado, de 37 anos, mãe de dois filhos, é uma das micro empreendedoras que expõe seus produtos em feiras da cidade e região.


“Meus pais sempre foram artesãos, então desde criança estive em um ambiente artístico. Já adulta, sempre fiz artesanato, mas era só por hobby. Trabalhei no ramo imobiliário,e percebi que lidar com documentações não era o meu lugar. Meu filho sempre me presenteava com flores, mas ficava triste em não ter como eternizá-las, notei então o poder da afetividade que as flores são como presentes e vi uma oportunidade de negócio”, diz emocionada.  


A possibilidade de empreender fez Joyce realizar várias pesquisas onde encontrou um vídeo de uma orquídea resinada, que a inspirou de início a confeccionar capinhas de celular usando flores resinadas. Empolgada com as lindas peças em resina que viu, sua filha sugeriu que tentassem fazer brincos e outros acessórios, aplicando a técnica que estava estudando.


“Então surgiu a Divina Joya, que recebeu esse nome, pois a flor é uma criação ‘divina’, e registramos sua beleza como joia. Não existia cursos para o que queríamos produzir, busquei orientação com uma artesã dos Estados Unidos e, sim, gastei muito dinheiro desenvolvendo cada acessório até que chegasse em uma harmonia que eternizasse o momento que a flor representa”, relembra.



NOVO NO MS


Joyce Marim relata em entrevista exclusiva ao Jornal Notícias de Dourados que os brincos resinados foram novidade no Mato Grosso do Sul e em um ano conquistou o seu público. “Vejo muita empolgação das minhas clientes em relação aos meus produtos.


Sou grata a minha família que me apoiou para que pudesse empreender, aos convites que recebo, como por exemplo, a participação na Semana do Artesão organizado pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Campo Grande”, agradece.


O PROCESSO


E, para quem pensa que é simples a produção em resina, Joyce comenta  que leva em média mais de uma semana para realizar todas as etapas de confecção de suas peças. “Desenvolvi meu método de produção, que garante alta performance dos produtos. Escolho as flores da estação, do cotidiano e que remete a infância e a família. Em alguns casos a flor é linda, mas não se adapta para a próxima etapa com a resina. Quando olho uma flor, imagino como ficará na orelha, o meu diferencial está na combinação dos itens para que haja uma perfeita estética”, fala.


FEIRAS


As feiras proporcionam um ambiente acolhedor e vibrante, onde é possível interagir diretamente com os criadores, e conhecer histórias inspiradoras como a de Joyce. “Hoje minha renda é exclusivamente do meu trabalho com a Divina Joya. Não tenho uma loja física e uso as feiras estrategicamente como oportunidade para meus atendimentos. Em dezembro de 2023, participei de 23 feiras entre Dourados e Campo Grande. Em março deste ano, já contabilizo 19 participações”, conta.


Mais do que simples eventos de compras, as feiras proporcionam produtos personalizados para todos os públicos, além de serem verdadeiros pontos de encontro da comunidade. “Vejo que as feiras são mais do que um local de vendas, são oportunidades de networking, captação de clientes e contatos que podem ser usados para alavancar as vendas, como é o caso da feira de terça-feira que uso como local de logística com meus clientes.  É muito importante que o expositor não desista de participar só porque não alcançou suas expectativas de vendas”, orienta.




Por: Charles Aparecido


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