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Janeiro Roxo: especialista alerta sobre manchas na pele sem sensibilidade

O tratamento é gratuito pelo SUS – Sistema Único de Saúde, quanto mais precoce for o diagnóstico, mais fácil e rápida é a cura

Gean Marcel Galleli, CRM 5376 MS e RQE 6302 - RQE 4850

No primeiro mês do ano é realizada a campanha Janeiro Roxo, com o intuito de conscientizar a população sobre a Hanseníase, doença a séculos estigmatizada, mas que tem cura e o tratamento precoce pode evitar danos permanentes. Segundo a Câmara dos Deputados, o Brasil é o único país do mundo que não utiliza mais o termo lepra, mudança que aconteceu em 1976, o nome é uma homenagem ao médico  norueguês Gerhard Armauer Hansen, que em 1873, identificou o bacilo Mycobacterium leprae como causador da doença. 


Em Mato Grosso do Sul, de acordo com dados do SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), foram notificados 321 casos novos no ano de 2023, 360 em 2022 e 349 casos em 2021. Até o mês de março de 2024, foram notificados 24 casos no Estado.


O médico dermatologista e alergologista, Gean Marcel Galleli, em entrevista ao jornal Notícias de Dourados, no dia 26 de dezembro, explica que a identificação precoce evita danos aos nervos e movimentos e comenta sobre os primeiros sintomas. “Geralmente surgem manchas na pele onde a pessoa não sente dor, é como se o local estivesse adormecido. Em lesões iniciais podem sentir uma espécie de pequenos choques e picadas como formigamento”.


DIAGNÓSTICO


O diagnóstico é essencial para evitar o agravamento da doença. “Durante o atendimento, o médico realiza testes de sensibilidade com frio e calor. Normalmente são solicitados exames laboratoriais e, se necessário, é feita uma biópsia da pele para investigação mais aprofundada”, explica.


Diagnosticar a doença em estágios iniciais evita sequelas graves, como perda do tato, dor e temperatura, e deformidades físicas. “O diagnóstico precoce, o tratamento oportuno e a investigação dos contatos que convivem ou conviveram de forma prolongada com pacientes são as principais formas de prevenção”, pontua o especialista.


TRATAMENTO 


Ao notar algum sintoma busque uma Unidade de Saúde mais próxima, desta forma a equipe fará todas as orientações e encaminhamentos necessários. O tratamento é gratuito pelo SUS – Sistema Único de Saúde, quanto mais precoce for o diagnóstico, mais fácil e rápida é a cura. “O tratamento é via oral, constituído pela associação de dois ou três medicamentos e é denominado poliquimioterapia. Com duração geralmente de 6 meses a 12 meses, durante este período o paciente é acompanhando pela equipe do SUS”, esclarece.


TRANSMISSÃO


A hanseníase é uma doença infecciosa e contagiosa, sendo transmitida pelo contato com uma pessoa que está infectada e ainda não realizou o tratamento. “Qualquer pessoa pode ser acometida por esta doença, pois ela está presente em diversas camadas da sociedade e não apenas em locais mais carentes e sem saneamento básico”, finaliza. 


Por: Elisa Lorini - DRT 2228/MS

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