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Parkinson: O tremor não é o principal sintoma, afirma Neurologista

É importante estar ciente de que a doença também pode se manifestar através de sinais menos óbvios



A doença de Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais comum do mundo, ficando atrás apenas da doença de Alzheimer. Na busca por compreender melhor a realidade da doença, tivemos a oportunidade de conversar, no dia 18 de abril, com o renomado neurologista Dr. Luís Felipe Ragazzi Quirino Cavalcante, e com Talita Fernandes Hidalgo Morais, uma paciente que enfrenta corajosamente os desafios impostos por essa condição.


O neurologista explica que o Parkinson é uma doença neurodegenerativa progressiva, onde ocorre a morte dos neurônios produtores de dopamina na substância negra cerebral. A dopamina é responsável por mandar os impulsos nervosos para a contração dos músculos, fazendo com que o corpo funcione. 


SINTOMAS


O principal sintoma, e necessário para o diagnóstico da doença de Parkinson é a bradicinesia, caracterizada pela lentificação da realização dos movimentos, tanto dos membros superiores quanto inferiores. “O sintoma mais conhecido pela população, mas não obrigatório para fazer o diagnóstico da doença, são os tremores. No Parkinson os tremores acontecem em repouso e em casos mais evoluídos aparecem em fase ativa”, informa o médico.


Ele relata ainda que outro sintoma é a rigidez muscular, que dificulta a movimentação, causa dor e facilita quedas. O último sintoma destacado entre os quatro mais comuns é a instabilidade corporal, onde o paciente adquire dificuldade para andar, sendo um sintoma que aparece mais no final da evolução da doença. 


“Embora os sintomas citados sejam mais visíveis, é importante estar ciente de que a doença também pode se manifestar através de sinais menos óbvios, como depressão, distúrbio do sono REM (a última fase do ciclo do sono), a diminuição e alteração no olfato, com dificuldade de identificar os cheiros e mudanças no funcionamento intestinal”, diz o Dr. Luís Felipe Ragazzi Quirino Cavalcante. 


TRATAMENTO


É importante destacar que a doença de Parkinson não tem cura, mas possui tratamento que envolve o uso de medicações que visam aliviar os sintomas, com destaque para a Levodopa. No entanto, o médico em entrevista, ressalta sobre a importância da atividade física, pois ela desempenha um papel fundamental no manejo da doença, oferecendo benefícios significativos para os pacientes.



Saúde


No entanto, o médico em entrevista, ressalta sobre a importância da atividade física, pois ela desempenha um papel fundamental no manejo da doença, oferecendo benefícios significativos para os pacientes.



A LUTA


Talita Fernandes Hidalgo Morais em entrevista nos conta sobre sua surpresa ao descobrir sobre a doença antes dos quarenta anos. “Meu diagnóstico foi um verdadeiro desafio, especialmente por conta da minha idade. Inicialmente, os tremores na minha mão esquerda foram subestimados, mas com persistência e a busca por uma segunda opinião médica, finalmente obtive o diagnóstico correto. A medicação aliada à atividade física tem sido essencial para minha qualidade de vida. Mesmo com os desafios, como a necessidade de adaptações na rotina, estou determinada a enfrentar essa condição da melhor forma possível”.


CONSCIENTIZAÇÃO


Diante dos desafios enfrentados por pacientes como Talita, é inspirador ver sua resiliência e determinação em enfrentar a doença. Com o apoio da família e de profissionais de saúde capacitados, é possível superar os obstáculos e viver com qualidade, mesmo diante de uma condição desafiadora como a doença de Parkinson. É crucial ampliar a conscientização sobre a doença, desmistificando estigmas e fornecendo informações precisas à comunidade. “Falar sobre a doença de Parkinson é importante para garantir um diagnóstico precoce e um tratamento adequado”, finaliza Dr. Luis. ,


Por Charles Aparecido




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