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Riso para todos: projeto Japuká promove arte e alegria em escolas indígenas

A edição de 2025 também oferece oficinas de acessibilidade para professores


O Projeto Japuká, que significa “riso para todos” em guarani, iniciou as atividades de 2025 nas escolas municipais indígenas Lacui Roque Isnard e Araporã, localizadas na Reserva Indígena da Aldeia Bororó, em Dourados/MS. A proposta é utilizar a arte e a palhaçaria como ferramentas pedagógicas e sociais, oferecendo oficinas gratuitas de teatro, circo, plantio e grafismo para os alunos.


“Nosso intuito é proporcionar o riso como uma ferramenta para melhora emocional, cultivar a alegria e democratizar o acesso às artes circenses por meio de espetáculos e atividades pedagógicas que valorizam a cultura local, em regiões de alta vulnerabilidade social e crise humanitária”, explica Ludmilla Lopes, coordenadora do projeto.


Para a professora de teatro Jade Ribeiro, da etnia Terena, o Japuká torna a arte acessível à comunidade indígena. “É gratificante levar arte e alegria às escolas. Muitas crianças indígenas terão, pela primeira vez, contato com o teatro, hortaliças e o circo. Essas atividades costumam ocorrer na cidade, um ambiente muitas vezes inacessível para a comunidade indígena”, ressalta.


Nos encontros de circo, as crianças confeccionam itens circenses, como malabares, com materiais alternativos. “As atividades estimulam ritmo e coordenação motora, desde a criação até a experimentação dos brinquedos. É emocionante ver os sorrisos surgirem à medida que os brinquedos ficam prontos. Muitas crianças nunca tiveram contato com a arte circense, e o Japuká proporciona um momento de alegria em meio a uma realidade desafiadora”, destaca a professora de circo, Nilce Maciel.


A edição de 2025 também oferece oficinas de acessibilidade para professores, conduzidas por Laryssa Durigon, intérprete de Libras, e Alessandra Souza, indígena e com deficiência auditiva. Segundo Laryssa, inclusão de verdade exige acesso ao aprendizado e à comunicação. “A presença de intérpretes de Libras é essencial para que alunos surdos compreendam os conteúdos. Também é fundamental capacitar professores e funcionários, oferecer materiais acessíveis, como vídeos legendados e QR codes com explicações em Libras, e promover ações educativas”, explica. Em escolas indígenas, a inclusão deve respeitar aspectos culturais e linguísticos, considerando até Línguas Indígenas de Sinais.


Criado em 2019 e em sua 5ª edição, o Projeto Japuká é realizado pela organização social Palhaços Sem Fronteiras Brasil e conta com o apoio da Política Nacional Aldir Blanc. Até junho, serão oferecidas oficinas de plantio com Maria Carol e de grafismo com Rossandra Cabreira. O encerramento será marcado por um espetáculo da Trupe Japuká, composta pelos palhaços Vareta (Junior de Oliveira), Steven (Wesley Prado), Mixirica (Kelly Renata), Nirza (Nilce Maciel) e Pior Palhaça do Mundo (Ludmila Lopes).


Por: Elisa Lorini DRT 2228/MS

Fotos: Giovana Lhopi


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