top of page

Semana dos Povos Indígenas é destaque nas aldeias Jaguapiru e Bororó

É importante fortalecer os elementos da cultura como por exemplo a dança, culinária e lendas das três etnias Guarani, Terena e Kaiowá



As aldeias Jaguapiru e Bororó, pertencentes às etnias Guarani, Kaiowá e Terena, somatizam um total de 13.473 mil habitantes indígenas, ocupando o posto de 6ª maior população residente indígena do País, segundo o IBGE, de 2022. Atualmente a Escola Estadual Indígena Intercultural Guateka – Marçal de Souza, apresenta cerca de mil estudantes sendo 750 na Escola Polo (Aldeia Jaguapiru) e 250 estudantes na extensão Araporã (Aldeia Bororó), conforme informou o gestor Luiz de Souza Freire Júnior em entrevista exclusiva ao Notícias de Dourados no dia 12 de abril. 


“No dia 19 de abril é celebrado o Dia dos Povos Indígenas, data que usamos para trabalhar na escola  a importância de fortalecer os elementos da cultura como por exemplo a dança, culinária e lendas que possuem explicações diferentes nas três etnias. As comemorações e apresentações são feitas internamente na escola e também realizamos eventos abertos para receber a população em geral como o desfile Garoto e Garota Guateka, onde em anos anteriores chegamos a receber mais de mil pessoas para participar”, informa Luiz.



EDUCAÇÃO


Segundo o gestor a escola possui um viés urbano muito forte devido a sua localização.“É importante que o aluno indígena conheça a sua cultura e entenda sobre a interculturalidade entre as etnias Guarani, Terena e Kaiowá, que fazem parte do seu dia a dia. É fundamental conhecer o ‘outro’, pois possuem aspectos diferentes, como a língua que se convive dentro e fora da aldeia. O nosso grande desafio é ensinar ao aluno indígena que ele pode se profissionalizar e atuar dentro da sua comunidade. Então, a educação de modo geral proporciona novos caminhos, socialização e oportunidade de trabalho”, explica. 


ESCOLA


Luiz possui sete anos de gestão na Escola Estadual Indígena Intercultural Guateka – Marçal de Souza e com experiência comenta que as adversidades sociais ainda são um obstáculo para manter o aluno engajado no Ensino Médio. “São aproximadamente 80 profissionais envolvidos no funcionamento da escola e a única unidade escolar de Ensino Médio para atender as aldeias Jaguapiru e Bororó. Temos alunos que andam oito quilômetros para chegar aqui, por isso, precisamos de mais escolas. Atualmente temos professores indígenas que venceram as adversidades e dão aula na escola e são vistos como referencias”, conta.



EXEMPLO


Ex-aluna da escola e atual professora de Ciências Biológicas, Kelly Francini de Souza, de 32 anos, é um exemplo admirado entre os alunos. “Para mim foi uma grande oportunidade que tive, a de ser




Educação


indigena e trabalhar na minha própria comunidade, é realmente um privilégio. Estudar é importante, por isso, no Ensino Médio sempre oriento os alunos sobre as possibilidades que a educação proporciona para que se sintam incentivados a fazer uma faculdade para que no futuro tenham uma estabilidade financeira”, finaliza a professora. 



Por: Charles Aparecido


Comments


bottom of page