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UEMS 30 anos: Universidade avança nas áreas de pesquisa, pós-graduação e inovação

A importância da verticalização no fortalecimento Institucional


Em sua fundação, em 1993, a UEMS projetou-se sobre a pauta de expandir a graduação para o interior do Estado, em um processo de interiorização do ensino. Ao longo de duas décadas, a graduação consolidou-se e deu-se início a era da verticalização e fortalecimento de toda estrutura conquistada, para constituição da pós-graduação na universidade. Atualmente, contamos com quatro doutorados, 17 mestrados e 12 especializações lato sensu


Em 2023, a UEMS registrou o maior salto em relação a aprovação de novos programas de pós-graduação pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), somando mais dois doutorados e três mestrados: Doutorado Profissional em Educação, Doutorado Profissional em História e Mestrado em Geografia na Unidade de Campo Grande; Mestrado em Biodiversidade e Sustentabilidade Ambiental, Unidade de Mundo Novo; e Mestrado Profissional em Sociologia, Unidade de Paranaíba. 


“Essas conquistas são resultado do fortalecimento dos Programas de pós-graduação e dos grupos de pesquisa, a partir de ações coordenadas de planejamento e financiamento para alavancar a produção acadêmica das áreas.  Esse sucesso mostra o quanto o planejamento e a capacidade de olhar para frente com metas bem determinadas contando com apoio institucional são fundamentais”, ressalta a atual vice-reitora da UEMS, a professora Luciana Ferreira da Silva.

Luciana, que assumiu a vice-reitoria da UEMS em setembro de 2023, atuou por dez anos na Pró-reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação (PROPPI/UEMS),  durante dois anos como coordenadora da Divisão de Pós-graduação (de 2013 a 2015) e por oito anos como Pró-reitora (de 2015 até 2023). A vice-reitora ressaltou que, durante o período em que esteve à frente da pró-reitoria, conseguiram avançar em um trabalho de planejamento muito estruturado com o monitoramento dos indicadores. “Isso nos permitiu avançar e fazer um diagnóstico situacional da Universidade nos aspectos e temas que deveríamos investir para aprimorar as redes de pesquisa e estruturar as áreas, o que resultou na aprovação de novos programas de pós-graduação stricto-sensu para a Instituição”, destacou.

 

CEPEX: UEMS impactando a sociedade


Com essa perspectiva, e com o diagnóstico conjuntural, foi possível avançar no fortalecimento dos Centros de Pesquisa, Ensino e Extensão (CEPEX). Em um primeiro momento foram abertos 11 CEPEX, recentemente mais três foram implantados, em áreas estratégicas de interesse e de impacto para a sociedade. Os 14 Centros de Pesquisa, Ensino e Extensão, distribuídos em oito cidades de Mato Grosso do Sul, visam ser referência em diversas áreas na Universidade, como educação, recursos naturais, linguagens, ciência animal, agronomia, saúde, engenharias, raça e etnia.


Dados do ano de 2022, registram 119 Grupos de Pesquisa na UEMS, todos certificados no Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq, 300 projetos de pesquisa em execução e projetos de pesquisa individuais com recursos financeiros que totalizam mais de R$ 2 milhões.



Investimento financeiro em pesquisa e inovação


Nos últimos anos, houve um grande avanço na política de financiamento de bolsas de estudos, tanto para graduação quanto para a pós-graduação, além do aumento nos investimentos em editais de apoio à publicação, à pesquisa e à maior participação dos docentes na captação de recursos externos em editais de agências de fomento. “Notamos um crescimento de mais de 60% nessas participações em editais e na aprovação em editais externos inclusive”, enfatiza Luciana Ferreira. A exemplo do Edital ACELERA UEMS, em parceria com a FUNDECT, que forneceu 2 milhões de reais para projetos exclusivos de pesquisadores da UEMS em 2022, com 35 projetos aprovados que receberam financiamento.


Destaca-se, ainda, o Programa Institucional de Bolsas aos Alunos de Pós-Graduação (PIBAP), da UEMS, que tem como finalidade propiciar auxílio financeiro aos alunos regularmente matriculados nos programas stricto sensu para o desenvolvimento de suas atividades. O PIBAP contempla os programas stricto sensu na modalidade acadêmica e profissional. O apoio financeiro, via PIBAP, representou no ano de 2022, aproximadamente, R$ 1.165.000,00 em recursos provenientes do governo do Estado, que são fundamentais no apoio e manutenção dos alunos da pós-graduação nas modalidades de mestrado e doutorado.


Na Iniciação Científica, os valores das bolsas foram reajustados e passaram de R$ 450,00 para R$ 700,00, para os seguintes programas: Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica – PIBIC; Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica/ Ações Afirmativas – PIBIC AAF; Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação – PIBITI. Na Pós-graduação os valores também foram reajustados. O Programa Institucional de Bolsas aos Alunos de Pós-Graduação da UEMS – PIBAP e a modalidade Ações Afirmativas (PIBAP – AAF) passaram de R$ 750,00 no Mestrado e R$ 1.100,00 no Doutorado para, respectivamente, R$ 1.050,00 e R$ 1.550,00. 


A quantidade de alunos matriculados em cursos de especialização e programas de pós-graduação da UEMS aumentou de 229 em 2016, para 1.084 em 2023, um aumento de quase 400%. Em 2023, foram concedidas 505 bolsas, aumento considerável em relação ao período de 2017/18, em que 307 bolsas foram distribuídas.


De 2017 a 2023, período de levantamento dos indicadores, o número de docentes contemplados com bolsa Produtividade em Pesquisa (PQ), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), passou de sete para onze. Atualmente, os docentes bolsistas são das áreas de: Ciências Exatas e da Terra, Ciências Biológicas, Ciências da Saúde, Ciências Agrárias e Linguística, Letras e Artes.


Em 2019, o Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT), anteriormente nomeada Agência de Inovação, foi incorporado e fortalecido junto às ações da pró-reitoria. “Nesses últimos quatro anos conseguimos estruturar o NIT, trabalhar modelos de contrato, avançar na inserção das redes de inovação e hoje já temos duas patentes que foram peticionadas exclusivamente pela Universidade Estadual, vários registros de marcas e de softwares e muito ainda a ser  construído dentro de um planejamento que está desenhado para o Núcleo de Inovação Tecnológica”, destacou a vice-reitora, Luciana Ferreira da Silva.


No âmbito da valorização docente na Pós-graduação, em 2023 houve a implantação da bolsa para Docente Sênior, além da aprovação de normas e procedimentos para a execução do Programa Estratégico de Valorização, Consolidação e Desenvolvimento da Pós-Graduação stricto sensu, da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (PROPOS-UEMS), que tem por objetivo apoiar financeiramente, e de outras formas diversas, os Programas cujo trabalho docente se vincule à Pós-graduação stricto sensu, a fim de fomentar o fortalecimento, a consolidação e a articulação nacional e internacional desses Programas na constituição de redes de pesquisa.

 

O próximo degrau na verticalização


Manter a direção e agregar parcerias, esse é o objetivo da atual Pró-reitora responsável pela PROPPI, a professora Amanda Danaga, que reforça que dará continuidade ao trabalho exitoso que já vem sendo desenvolvido pela dedicada e qualificada equipe da PROPPI, além de promover apoios estratégicos à área da pesquisa. “A meta é fortalecer o debate sobre as relações que permeiam o universo da pesquisa, entre docentes, discentes, com o material de pesquisa e escrita, promovendo um debate sobre ética na pesquisa e somar isso com outros setores. Essa é uma marca da nova gestão, o diálogo entre as pastas, entre os setores”, salienta.


Entre as parcerias está a recém-criada Pró-Reitoria de Ações Afirmativas, Equidade e Permanência Estudantil (PROAFE) com o objetivo de promover as ações afirmativas na pesquisa e pós-graduação, fomentando inclusive as políticas de apoio às mulheres na ciência, com um olhar sensível para as interseccionalidades de raça/etnia. Outra parceria estratégica para a PROPPI é a colaboração com a Diretoria de Relações Internacionais (DRI) para a promoção da internacionalização no campo da pesquisa, pós-graduação e inovação. “Precisamos levar nossos docentes e discentes cada vez mais para as Instituições Estrangeiras, mas também criar aqui na nossa instituição um ambiente que acolha pesquisadores e pesquisadoras internacionais, para contribuir com as nossas discussões na pesquisa”, acrescenta. 


Neste ano de 2023, a universidade conta com dez alunos estrangeiros matriculados em programas de pós-graduação stricto sensu. No doutorado são dois, do Haiti e de Honduras; e oito no mestrado provenientes do Haiti, Cabo Verde, Guatemala, Moçambique, Equador e Paraguai. Uma atuação conjunta também com a Pró-reitoria de Extensão e Cultura (PROEC), no sentido de construir uma política de fortalecimento das ações de extensão na pós-graduação, integrando o ensino, a pesquisa e extensão com as demandas sociais. 


Para a área de Inovação Tecnológica a proposta é fortalecer a cultura da inovação e promover um debate aprofundado sobre transferência de tecnologia, ética na pesquisa e questões ligadas à propriedade intelectual e investimento em inovação frugal, ainda com foco na pós-graduação, o objetivo é fortalecer os programas já consolidados e estruturar os novos, garantindo uma simetria e qualidade entre todas as ofertas. “A verticalização vai continuar, precisamos aprimorar os editais de apoio à publicação, buscando novas fontes, ideias e novos editais de apoio aos programas”, pontua.


As premiações e os ambientes de debate e incentivo à produção científica proporcionados pelo Prêmio de Iniciação Científica, Prêmio Inova-UEMS e os Talentos da Pós-graduação (TAL-PG), serão estimulados pela PROPPI, bem como os eventos como o Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão (ENEPEX), Seminários da pós-graduação e dos líderes de Grupos de Pesquisa. Juntamente aos eventos, a proposta é reforçar a divulgação científica produzida na UEMS por meio da parceria com o Lab Pop, para que o conhecimento gerado na Universidade ultrapasse os muros do ensino superior e chegue até os estudantes do ensino médio, incentivando os futuros pesquisadores da UEMS.


“Os próximos quatro anos vão ser de muito trabalho em colaboração com os nossos docentes, discentes, técnicos, com o apoio da reitoria e sempre buscando pensar em fazer a diferença na vida das pessoas que passam pela UEMS, então é mudar a vida das pessoas que passam pela UEMS. Feliz que temos um novo cenário no Brasil com um olhar mais atento à importância da educação superior e da pesquisa para o desenvolvimento do país, e também para o desenvolvimento do nosso estado, para o desenvolvimento de Mato Grosso do Sul”, finaliza Amanda Danaga.


Sobre a UEMS


Em 2023, ao completar 30 anos, a Universidade está presente em 30 municípios, sendo 15 unidades físicas, 13 polos de EaD pela Universidade Aberta do Brasil (UAB) e em dois municípios com ofertas de cursos presenciais. Hoje, tem mais de 70 cursos de graduação, quatro doutorados, 17 mestrados e 12 especializações lato sensu

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